segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Os jovens e a situação

A cada dia que passa
O mundo está desigual
A ciência está agindo
Sempre a serviço do mal
Ninguém é mais de ninguém
Não se sabe quem é quem
É um desconcerto total

A juventude só pensa
Em dinheiro e vaidade
O namoro e a bebida
Promovem toda maldade
Entregam-se ao vandalismo
Por conta do alcoolismo
Estragam a mocidade

Aumentam a cada dia
Os acidentes na estrada
Perdem o controle do transporte
Sem perceberem a jogada
E na hora do perigo
Não aparece um amigo
Pra me dedefender em nada

Ás vezes perdem a vida
Sem a menor proteção
Com a dura situação
Pois ficou apenas sem nada
Chorando desesperada
Pois so restou aflição.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O azul do céu do meu Brasil

É muito lindo
Vê-se a paisagem
Um explendor de belezas mil
Olhar os astros, que formam essa miragem
No azul diáfano, do céu do meu Brasil

Quanta grandeza, quanta alegria
Olhar no infinito, esse céu de anil
Onde o povo tenta afastar a nostalgia
Nas areias brancas, do mar do meu Brasil

Os bravos homens, enfrentam a propria guerra
Mostram seu valor, em qualquer ardil
Morre lutando, defendendo sua terra
Um heroi guerreiro, defensor desse Brasil

Falta haver paz e organização
A bem da verdade, que não falha um til
Que os bravos governantes da nossa nação
Tragam de volta, a "ordem e progresso", do nosso Brasil

Para quem analisa a situação
O despreso, o descaso, ao "Mundo infantil"
Falta governante, falta organização
Que traga o bem dos pobres, a riqueza do Brasil.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A procura de um ombro amigo

Em cada ser humano
Existe uma certeza
De chegar um dia a meta desejada,
Romper o mundo em busca da riqueza
Arriscando a vida tão sacrificada .

Trabalha o ano inteiro,cansado e sofrido
De pés descalços,trapilho e doente
A cada passo se sente perdido
Não tem mais coragem para seguir em frente.

Por mais que procure,não encontra abrigo.
Cada vez se sente mais sozinho.
Anda a procura de um ombro amigo
Que lhe dê apoio,conforto e carinho.

E assim caminha pela vida a fora
No barco triste da desilusão
Espera calado enquanto chega á hora
Parado no País da decepção.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Chorando arrependido

Deixou um lar, e saiu pra bem distante
Pensando em encontrar vida melhor
Hoje bem longe a dor é cruciante
Chora arrependido, pois tudo é pior.

Longe de casa, tudo é solidão
Sempre trilhando por outro caminho
Como um perdido na escuridão
Triste sem amor, sem lar e sem carinho.

Agora é tarde para querer voltar
Por imaginar que foi esquecido
Essa dor malvada a lhe torturar
Triste, pensativo, chora arrependido.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ter fé em Deus

Quem anda no mundo
 E não tem fé em Deus
É igual aos judeus
Que prenderam a Jesus
Cravaram na cruz
Sem crime ter feito
Esse não tem direito
De ver uma luz

Que há um Deus poderoso
É preciso crer
Pra quem quer vencer
Na estrada da vida
A criatura sofrida
Nosso Deus conforta
Ele não está na porta
Do rico orgulhoso

Se alguem quer vencer
Tem que a Deus pedir
Para não seguir
O caminho errado
Quem está despresado
Peça a Deus que acuda
Ele nos ajuda
Porque tem poder.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Amanhã Inseguro

Enquanto há vida há esperança
Que nos faz crer no futuro
Quem espera, sempre alcança
Mas o amanhã é inseguro

Quem espera em Deus somente
Sabe o quanto é poderoso
Ajuda ao sofredor paciente
E despensa o rico orgulhoso

Não adianta se orgulhar
Não adianta o egoísmo
Quem pensa assim vai caminhar
Para o verdadeiro abismo

E assim vai dia e vem dia
Não sabemos onde chegar
Só Deus com a sabedoria
Vem o caminho ensinar

sábado, 6 de outubro de 2012

Triste canção

Creio em Deus todo poderoso
Admiro todas as coisas que ele fez
Curtindo as saudades do meu esposo
No frio cárcere de minha viuvez

Sinto a torpesa da solidão
Como quem navega a primeira vez
Me sinto embalar na triste canção
A música fúnebre de minha viuvez

Vejo a lua fria, clareando os montes
Onde a natureza retrata tudo o que Deus fez
Meus olhos se tornaram Duas fontes
O oceano de minha viuvez

Hoje vivo presa ás recordações
Dou graças a Deus por tudo o que ele fez
Mesmo sofrendo as desilusões
Na negra sombra de minha viuvez

Chega a velhice o prenúncio do fim
Espero em breve chegar a minha vez
Só uma coisa permanece em mim
A virgindade de minha viuvez

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Coisas desiguais

Cada coisa tem seu lugar
Cada vida tem seu preço
Cada fim teve o começo
Cada noite tem seu dia
Cada "tirano" a covardia
Cada jovem seus amores
Cada árvore, suas flores
Para o mundo perfumar

Cada ano que termina
Nos deixa a recordação
Alegria e aflição
Para cada ser Humano
Para uns um sofrer tirano
Outros com orgulho e vaidade
Quem não tem felicidade
Sofre com a desilusão

Nesse mundo a gente vê
Cada coisa desigual
Existe o bem e o mal
Para quem quizer seguir
Se encontra um meio de sair
Não adianta correr
Depois que caiu no laço
É difícil desfazer

Viver dos passarinhos

Sobre o Sol caustigante dos verões
Canta alegre, ao longe uma cigarra
Entoa seus cantos, em forma de canções
Entre as ramagens das palmeiras bizarras

Quando a noite sopra o vento frio
Os passarinhos entoam seus cantares
Na mata orvalhada, na manhã de estio
Voam alegres, procurando outros pomares

Cantam louvando ao Deus da criação
Que permite alegre o seu viver
Procurando com amor, seus doces ninhos
Na primavera, no outono e no verão
Cantam felizes, em cada amanhecer
Todos eles gozam seus amores, seus carinhos

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Vida Traiçoeira

O assunto do povo
É festa,é escola,
O esporte,uma bola,
O teatro ,a novela,
O que vem na tela
Da televisão
Só dá confusão
Do mais velho ao mais novo

Os jovens já estão
De cabeça virada
Com essa jogada
De farra e bebida
Não pensa na vida
Que vem pela frente
Termina doente 
Sem ter condição

Do jeito que a vida
É ingrata e traiçoeira
Pra subir a ladeira
É preciso ser forte
Se cada um pensasse 
No futuro que espera
Não dizia quem dera
Que o tempo passasse 

Portanto devemos
Seguir sem receio
Encontrar um meio 
De vencer na vida
De cabeça erguida
Com fé e esperança
Quem espera alcança
Em Deus confiamos .

O sol e a lua

Olhando o céu, as estrelas, a lua prateada
A brilhar a noite no infinito além
Ao amenhecer canta alegre a passarada
Anunciando ao mundo que o sol já vem

Por entre as matas, sopra o vento frio
Levando as folhas secas, para bem distante
Como é lindo se vê na manhã de estio
O cantar dos passaros, alegres, radiante

Daí a pouco, tudo é diferente
E a chegada do "astro Rei"
Clareia todo o dia, pois é sua lei

O que seria de nós, se não fosse o Sol
Que a tudo protege, tudo ilumina
Com os raios cintilantes do seu farol
Embelezando as matas verdes das campinas

Deus fez o Céu e a Terra
Para o bem das criaturas
Que adoram ver de perto
Essas belezas tão puras
Aqui de cima do chão
Podemos admirar o clarão
Que brilha lá nas alturas

Admiro o claro do sol
E a beleza da lua
As estrelas cintilantes
Todas lá no Céu flutua
Iluminar toda a Terra
Do baixo ao cume da Serra
Vê que a vida continua

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Orgulhosa

Orgulhosa, rica e feliz
Ela teve tudo o que quiz
Beijo, carinho e esplendor
Hoje, arrazada e perdida
Pelos banquetes da vida
Busca migalhas de amor

Não dorme mais e nem come
É pobre, não tem valor
A sua casa é o relento
A lua seu cobertor

Rolando pelas calçadas
Batendo pelas madrugadas
Seu coração sofredor
A sua vida é ingrata
Motivo de serenata
Daquelas festas de amor

Mas longe de gente nobre
Coitada, humilhada e pobre
Tem hoje, o tesouro seu
O espaço triste da rua
A claridade da lua
E a sina que Deus lhe deu

Jovens de agora, cuidado!
Esse mundo é poema errado
Que o desespero compôs
Nessa vida quem critica
É muita orgulhosa rica
Que fica pobre depois

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

112º Aniversário de Soledade

(Em especial hoje, que é o aniversário de 127 anos)

Aqui estamos reunidos
Em um pleito de lealdade
Para render homenagem
Por mais uma passagem comemorativa
Essa data festiva
Do nosso centenário
Mais um aniversário da nossa cidade

Vamos juntos entoar
Hinos de louvor
Aos nossos governantes
Homens de valor
Que engrandeceram a nossa cidade
Lutando com bravura e lealdade
Vamos festejar mais um aniversário
No centenário de Soledade

Soledade vai crescendo velozmente
A cada dia, vê-se o desenvolvimento
Pois teu povo bravo inteligente
Faz o progresso crescer cada momento

Soledade teu povo tem bravura
Nos orgulha cada palmo desse chão
Todos tentam elevar tua cultura
Com trabalho, lazer e educação

Parabéns a você Soledade
Por mais um aniversário
Uma data inesquecida
Está em nosso calendário
Em cada ano que passa
Em cada rua, cada praça
Relembra o teu centenário.

Deus:

Passei tanto tempo te procurando
E não sabia onde estavas;
Olhava no infinito e não te via
E pensava comigo: Será que Deus existe?
Não me contentava, e prosseguia.
Tentava te encontrar na religião e nos templos,
Também não estavas.
Te busquei através dos sacerdotes
E pastores, também não te encontrei
Senti um vazio desesperado
E não estava mais, crendo em você.
E ao descrer, te ofendi.
E na ofensa tropecei
E no tropeço cai
Na queda senti-me fraca
E ao ficar fraca, procurei socorro
No socorro, encontrei amigos
Nos amigos encontrei carinhos
Nos carinhos, eu vi o amor
Com amor eu vi um mundo novo
No mundo novo resolvi viver
O que doei recebi em troca
Ao receber senti-me feliz
Ao ser feliz encontrei a paz
E tendo a paz foi que encherguei
Que tú viverás eternamente
Dentro de mim.

                            Deus é o caminho
                              A verdade
                                 E a vida.
                                                              Maria da Purificação Borges Ramos.

sábado, 22 de setembro de 2012

Coisas do Destino

Andei pelo mundo
Sem nada encontrar
Só encontrei alguém
Pra me humilhar

Quem me pediu ajuda
Sempre recebeu
Embora depois
Não me agradeceu

Hoje onde eu passo
Sou uma estranha
por falta de Dez
O Nove não ganha

Se alguém me encontra
Faz que não conhece
Coisas do destino
Ninguem me agradece

Outrora, muita gente
De mim, precisava
Depois de servida
De mim se afastava

E assim é a vida
Parece jogada
Por falta de um ponto
Não se ganha nada

Quem não vive para servir
Não serve para viver.

Partícula de Mim

De repente, chegou você
Sem perguntar se podia parar, parou
Nem se preocupou, se podia entrar, entrou.
Não me perguntou
Se podia ficar, ficou.
Ficando entrelaçou-se
Na profundidade do meu ser.
Viajastes até o âmago de minha alma,
E lá se aninhou.
Entrou, porque és partícula de mim.
Deixei, porque te amo.
Agasalho-te no inverno
Protejo-te na tempestade
A minha mão serve: de ancora
Nos vendavais, Para mim serves:
De razão para minha vida
Facho para iluminar a negra
Escuridão de minhas noites
E de cortinas para mostrar
Todos os dias no seu amanhecer

A distância apavora e entristece
Um coração que sente grande dor
Pois quem está distante, não esquece
A alma chora quando padece
A ausência cruel de um grande amor.

Minha Caminhada

Não sei se estou certa ou errada
Deixando nesses versos
Um pouco de mim
Sigo solitária, a minha caminhada
Sem saber se estou longe
Ou perto do fim

Nessa vida cheia de embaraços
O caminho certo eu não encontrei
Em cada verso meu
Um mundo de fracasso
E o que sonhei um dia
Não realizei

Cada pessoa, cumpre sua sina
Travessando o mundo de dificuldade
Nossos castelos, vemos em ruina
Enfrentando a violência, ódio e maldade

Precisamos ser mais realistas
Encarar a vida, com mais otimismo
Para o nosso nome, não ficar nas listas
Dos que se destruíram pelo egoísmo

A medida que o tempo vai passando
Aumenta os desempregos eos marginais
Enquanto alguns, estão realizando
Melhores sonhos, novos ideais

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Minha Ruína

Quem olha de perto, como estou agora
Fica a perguntar se é destino ou sina
A mulher guerreira que fui outrora
De tanto lutar fiquei em ruína

Enquanto pude, trabalhei sem parar
Tentando ajudar, sem escolher a quem
Tudo o que ganhei, foi só me cansar
Só resta a certeza
Que não sou ninguém

Escuto o ditado que é sempre certo
Que a própria vida é quem me ensina
Hoje quem passa e olha de perto
Aposto que sai rindo de minha ruína

Eu hoje não sou ninguém
Porque nada estudei
Quem me viu desde criança
Sabe o quanto trabalhei
O trabalho me ajudou
E hoje tudo o que sou
É que em Deus acreditei

Evite o primeiro gole

A situação dos jovens
É dificil concertar
Tem que evitar o primeiro gole
Para não se viciar
Bebendo de pouco a pouco
Termina ficando louco
Não pode se dominar

Mas é preciso ser forte
Evitar a tentação
Que só traz destruição
A cachaça tira a saúde
Depois deixa a juventude
Sem moral, sem formação
Entregue a um inimigo
Que o resultado é a morte

Pra evitar o primeiro gole
É fácil evitar na hora
Vamos agir com coragem
Precisamos sem demora
Nossa meta principal
É combater esse mal
Que a juventude devora

Conheci o pai de família
Que continuou bebendo
Mostrava a ele o exemplo
Mas, fingiu não estar vendo
Com a cachaça malvada
A família ficou "sem nada"
E ele terminou morrendo

Imensidão dos Mares

Em cada volta da vida
Há uma imensa esfera
Ao redor se espera
Alcançar melhores dias
Sem horas tristes sombrias
Que faz morrer a esperança
A aurora da primavera

No mar onde navegamos
Tememos a tempestade
Onde há força de vontade
Tudo se vence ao final
Se esse mundo é desigual
Não está ai o defeito
Porque só Deus é perfeito
O caminho, a vida, a verdade

Na imensidão dos mares
Os valentes tripulantes
São destemidos navegantes
Que em suas embarcações
Entoam belas canções
Ao rugir da tempestade
Para matar a saudade
Dos meus amores distantes

domingo, 16 de setembro de 2012

O começo e o Fim

Muita gente não acredita
Que o mundo vai acabar
Mas se tudo foi Deus quem fez
Ele pode terminar
Quem quer ser dono de tudo
Fala porque não é mudo
Só não quer acreditar

Tudo o que Deus criou
Teve começo e tem fim
Mas ele não deu o direito
De praticar o que é ruim
Com egoísmo profundo
É por isso que o mundo
Está tão poluído assim

É por isso que lhe digo
Devemos nos preparar
Pois o filho do homem vem
Quando menos se esperar
Cada um vai ser julgado
Deus vem remir o pecado
Não diz quando vai chegar

Ontem e Hoje

Analizando os fatos
Temos que fazer um estudo sério
Hoje em dia, ninguém é de ninguém
Os jovens vivem em função do luxo e levianidade
Vaidosamente, só pensam em viver o "hoje"
Ninguém se preocupa com o "amanhã"

Antigamente não havia escolha de partido
Por isso dificilmente se ouvia falar
Em desarmonia conjulgal
Isso porque existia o
"Casamento por amor"
Onde, no meu caso,
Ele atuou-me ao caso decrépito
De sua formatura, dando-me
O pão amargo de todos os dias
Mesmo assim, a vida ainda era boa!
Reclamar? Pra que?

Onde não existe maldade:
Quanto mais falta dinheiro
Mais sobra felicidade.
Por que vives a rir de mim
Se por ti já chorei tanto?
De que me vale chorar
Se não vens enxugar meu pranto..

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Que Fazer Para Conquistar a Felicidade


    Para conquistar a felicidade
Eu te aponto aquele,que a meu ver
    É o caminho mais difícil
Mas o mais certo e belo de todos:
Luta,com invencível serenidade
E persistência,para tudo o que te cerca
   Os homens e as coisas sejam felizes


       Aquela é uma vítima
   Da injustiça.? Apressa-te em
Defender os seus direitos esquecidos
  Aquele outro está com fome?
Divide o teu pão.Há uma mulher
   Chorando com sede?
Acompanha-a muito naturalmente
Ao rio de águas frescas.Todos tem febre ?
Agasalham nos teus braços,quantos
   Couberem em seu coração
Recorda-te sempre,que o Senhor da felicidade
É o que deu aos outros mais do que recebeu
 E quando tua alma,retratar apenas
Fisionomias serenas,frutos do teu amor
Trabalho ,e compreensão
Nesse dia terás encontrado
Para todo o sempre
A tua Felicidade !

Jogo da Vida

Ninguém precisa
Se dar por vencido
Pois enquanto há vida, em tudo há esperança
Se para alguém, o tempo, passou despercebido
Lutando se vence, quem espera alcança

Se alguém na vida
Lutou e não venceu
A nenhum, será a exceção
Se alguém no jogo, ganhou ou perdeu
Fica sempre a vitória
Para o campeão

E assim é o lema
No jogo da vida
Não se sabe antes, qual o vencedor
Para um, a batalha, há de ser perdida
Quando o campeão mostra o seu valor

Pra vencer na vida
Tem que enfrentar sem medo
Precisa ser forte, pra vida encarar
Tem que dormir tarde e acordar cedo
Se quizer vitória, no jogo alcançar

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Doce Castigo


A vida é um livro aberto
Todos nós podemos ler.
Enquanto há vida,há esperança,
Agora eu já posso crer
Ás veses a dor,e o perigo,
É como um doce castigo
Que amarga mais dá prazer.


Enquanto a gente caminha
No mundo da ilusão
De orgulho e vaidade
Injustiça e perdição
Leviandade e egóismo
São coisas do comunismo
Que invadiu nossa nação .


Agora já não se sabe
Quem está certo ou errado
Ninguém é mais de ninguém
O ''erro'' foi liberado
Não existe mais censura
Os jovens vivem á aventura
Do comunismo malvado .


Postado por : Rafaela Borges


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ilusão de um grande amor

Pensei um dia, em plena mocidade
Que a vida seria um jardim em flor
Sem preconceito, sem egoísmo
Vivendo assim sem maldade

Porém tudo foi sonho
Foi engano
Não encontrei a paz que eu sonhava
Não acredito, que a outro ser humano
A vida engane, como me enganava

Enquanto vivemos lado a lado
Não senti que a vida era cruel
Depois que vi meu lar desmoronando
Tive que aceitar o cálice de fel

Espero em Deus ser atendida
Que ao sair dessa vida de ilusão
Hei de alcançar a terra prometida
Viver feliz na eterna mansão

Amor e renúncia

Eu desprezei na vida
Os prazeres mais raros
Juventude em festa, liberdade, tudo.
Pelo teu riso em flor, pelos teus olhos claros
Não tive direito aos lazeres e ao estudo

Eu que julguei a vida
Um mar de rosa
A sinfonia alegre da canção
Encontrei apenas, a estrada espinhosa
Um sonho de mera ilusão

Tudo sepultei, no meu róseo passado
Para viver só por teu amor
Nosso castelo foi desmoronado
Hoje só resta da vida o amargar

Estou certa, esposo amigo
Que ao deixares esse mundo
De tantas mágoas fecundo
A tua pesada cruz
Deixaste aqui na terra
Os espinhos que nela encerra
E só levaste contigo
O claro da eterna luz

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Desenganos da vida

Cheguei ao ponto pior
Que alguém passa na vida
Com sessenta e nove anos
De uma existência sofrida
Se alguem zombar não escuto
Me considero um produto
Com validade vencida

Eu só sei de onde vim
Mas não sei pra onde vou
Estou aqui passando uma chuva
Que o destino me obrigou
Se eu continuar vivendo
Sei que termino comendo
O pão que o diabo amassou

Sei que a vida tem dois lados
Um bom e o outro ruim
Só que por onde eu andei
O pior sobrou pra mim
Nunca possui riqueza
Hoje só resta a certeza
Que estou perto do fim

Não quero falar do mundo
Que pra muitos é legal
Mas pra mim faltou a paz
Que era em tudo o principal
Pra o resto estou preparada
Pra encontrar a paz sonhada
E ser feliz no final.
As saudades de seu esposo.



  Á pedidos, coloquei o papel original, com a letra da Poetisa.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O lado bom da vida

Esse mundo de contradições e fantasias
Em que vulgarmente chamamos modernismo
Todos ambicionam encontrar melhores dias
Mas se entregam de vez ao pessimismo

Se cada um conhecesse que errou
Concertando o erro cometido
No caminho incerto aonde já andou
Conhecia o quanto andou perdido

Cada pessoa
Vê o lado com da vida
Não imaginam
Que existe o lado ruim
Temos que enfrentar
De cabeça erguida
De um lado e outro
Seguir até o fim

Seria bom
Se só houvesse dia
Mas sem a noite
Não podia ser
Sem o sol e a chuva, nada existiria,
Não se vive alegre, sem entristecer.

domingo, 9 de setembro de 2012

Meu túmulo

Quando em breve,
Na terra úmida e fria
Repousar o meu corpo em pleno chão
Deixando tristeza e alegria
Esperando a gloria do perdão

Chegando ao fim de minha caminhada
Espero ter cumprido minha pena
Como um lago, em plena madrugada
Com a consciencia calma e serena

Na negra sombra de minha solidão
Olhando os caminhos por onde passei
No berço triste da desilusão
A longa estrada onde caminhei

Espero em Deus, que é verdade e vida
E que de nós está sempre perto
Vem nos ensinar a melhor saída
Guiando assim, pelo caminho certo.

                                                            02/09/91

Chegando ao fim

Pra mim, não foi fácil a vida
Também não vou me queixar
Tive 17 filhos, Deus me ajudou a criar
São para mim, um troféu
Agora agradeço ao Céu
As bênçãos do nosso lar

Pra criar essa família
Sofri muita provação
Não adianta negar
Pois não tinha condição
Mas, aceitei conformada
Não vou me queixar de nada
É tarde pra dizer não!

Estou chegando ao fim
Dessa minha caminhada
Mesmo cansada e sofrida
Pra tudo estou preparada
Deixo rastro em meu caminho
Pisei em pedra e espinho
Pegando o pó da estrada

Só não quero ter saudade
De tudo que aqui deixei
As amizades que fiz
Nos lugares que passei
Não levo amarguras da vida
Sigo de cabeça erguida
Porque em nada eu errei

27/08/2004
Caros Leitores, informo com muita tristeza a vocês, que minha avó Maria da Purificação Borges Ramos, faleceu ontem. Mas, vou continuar publicando a arte dela para vocês. Agradeço a Atenção.

                                                            Dona do blog: Martha Borges.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sonhos Perdidos

Nossos sonhos se perdem ao acordar
Como as folhas que o vento vai levando
Sem Destino
Sem saber onde parar
Lá bem distante
O vento vai deixando

As aventuras
De cada sonho lindo
É como folhas que se vão aos ventos
As coisas passageiras
Que se vê dormindo
Ficam perdidas, em nossos pensamentos

Os sonhos as vezes
São apenas ilusão
Que ao acordar, nada mais nos resta
Só o que fica é a recordação
Quando ao alvorecer
Os pássaros cantam em festa

Portanto a vida
É um adormecer
Um pesadelo difícil de acordar
A meia luz, de cada amanhecer
Os sonhos são folhas que o vento vai levar

Dificuldades da vida

Se não existe felicidade
O que existe na vida
São apenas momentos felizes
Para muitos a esperança perdida
Que nos deixa cicatrizes
Muitos encontram em seus caminhos
Somente pedras e espinhos
Vendo desprezo e maldade

Nas ondas do mar da vida
Tememos a tempestade
Se não temos na verdade
Alguém para nos salvar
Quando a onda nos agarrar
Pesada e enfurecida
Não encontramos saída
Se o nosso barco afundar

Na vida é difícil se encontrar
A paz que tanto precisamos
Até parece que estamos
Em um enorme pesadelo
Cada dia o desmantelo
Cerca a nação brasileira
Nossa terra hospitaleira
Já começa a fracassar

Se alguém é predestinado, a vencer na vida
Tem conforto e guarida,
Tudo em seu caminho
Do outro lado o pobrezinho
Só encontra espinho
Em sua estrada...

Voando sem Destino

Nesse mundo, só a certeza encontrei
Que meus sonhos não se realizam mais
Só pesadelos no mundo sonhei
Dessa vida sofrida, acordarei jamais

Não encontro um lugar
Para viver em paz
Ás vezes desejo
De repente sumir
E uma carona pedir, aos que não voltam mais

Nessa vida ingrata,
Nada presta
Uma coisa sei
Tudo foi ilusão
Mas acredito,
Tudo o que me resta
É pegar carona, com os que se vão

As vezes recordando
O que foi passado
Relembrando tudo, que fui outrora
Vendo que meu sonho
Não foi realizado
Quanta vontade sinto
De ir também, embora

Vou voando sem destino
Por não ver jamais
Aquele a quem tentei, fazer feliz na vida
Os dias que se foram, não voltam mais
Levaram a esperança
Como folha reseguida.

Vasto mundo

Na imensidão do espaço admiramos
Uma gigantesca bola azul
Formada de terras e águas
Situado o Brasil de norte a Sul
Onde os homens vivem
Seus amores, suas mágoas
É o nosso mundo, vasto mundo
O planeta terra, onde habitamos

Se perdido está
No mar profundo
Entre espumas, alguém te encontrará
Porém se estiveres, longe do teu mundo
Esse alguém jamais te esquecerá

Diante a fúria, do mar bravio
Procuras calor, se estás com frio
Se estás perdido, sem um caminho
Alguém te espera, com amor e carinho

A beleza do mar é infinita
Alem dos horizontes, o canto da sereia
Vemos na vida, paisagem tão bonita
O mar de grandezas
E pequenos grãos de areia

Existe no mar, canoas e navios
Mergulhando, travessam o oceano
Os animais, e as ondas, em desafios
Como alguém que vive, a chorar seus desenganos

segunda-feira, 16 de abril de 2012

"Véus da Noite"

Os véus da noite vão nublar
Os negros olhos
De alguém que está sozinho
Na solidão, tristonho a meditar
Sem encontrar ninguém
Em seu caminho

Se dorme, o sono é pesadelo
É dessabor
É um mundo diferente ao despertar
Suspira por não ver seu grande amor
Murmura de saudade ao relembrar

Depois de uma noite mal dormida
A nostalgia envolve os corações
Desanimado
Sem lar e sem guarida
Recebendo como recompensa
Só humilhações

Quantas criaturas tão injustiçadas
Batalhando pela sua liberdade
Quanto mais ajuda a alguém
As pessoas são desprezadas
Recebe em troca a cruel falsidade

Parece Feitiço

A vida é ilusão, creio nisso
Sempre a esperar
Parece feitiço
Por mais que se faça, tudo é pouco
Se o tempo passa, nos deixa louco
Vivendo iludido, a vida não tem graça

Cada vida tem seu preço Acredito
Se a gente lutar e não vencer
Lembrando um passado bonito
Ficou gravado, jamais vamos esquecer

Vivemos a esperar melhores dias
Alimentando a esperança de um porvir risonho
Realizando assim o nosso sonho
Nossas aventuras, nossas alegrias

Para muitos
A vida é só tristezas
Um oceano de dor e nostalgia
Caminhos inseguros
Por traz das incertezas
Sem carinho, sem amor, sem alegria .

Nordeste Malvado

                                                                                         1987


De onde vens nordestino
Pisando esse quente chão?
Eu venho lá do agreste, do cariri, do sertão
Mas lá a seca apavora
Tenho mesmo é que ir embora
Que aqui não chove mais não

Pra onde vais nordestino
Se esse lugar é seu?
Desprezando seu torrão
O berço que Deus lhe deu?
Eu lhe respondo "Cumpade"
A tristeza que me invade
É que esse ano não choveu

Escuta amigo, não vá não
Não saia do cariri
Para o Brejo, ou para o Sul
O Deus de lá, é o daqui
Não adianta, patrão
Não aguento mais o verão
Meu sonho agora é sumir!

O nordeste é seco malvado
A vida é um cativeiro
Esse ano não choveu
O gado já emagreceu
E se não chover em Janeiro
O pobre caririzeiro
Vai morrer sacrificado

Minhas Ilusões

Encarei a vida, cumprindo o destino
Esperando encontrar quem eu mais queria
Saí pelo mundo, tal qual menino
Sem saber de nada, sem ter alegria

Depois, percebi minha ilusões
A caminho do mundo das desventuras
Parei no país das decepções
A mais desditosa das criaturas

O tempo passava, vai dia e vem dia
De pouco a pouco, me acostumei
Mesmo na "masmorra" em que eu vivia
Sem medir esforços, a vida comecei

Chegando os filhos a vida mudou
Aumentando só as preocupações
Graças a um Deus que nos ajudou
Das crianças o choro, era a diversão

Minha vida foi ingrata
Não gosto de relembrar
Mas hoje agradeço a Deus
Que nos ajudou enfrentar
Se alguém não penou como eu
Da vida nada sofreu
Não sabe o que é lutar.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Coisas adversas

Lá no infinito azulado
Há milhões de estrelas brilhantes
No planeta terra está escravizado
Milhões de peregrinos emigrantes

Olho o céu escuro nevoento
Essas nuvens que o vento vai levando
Quanta gente entregue a dor e ao sofrimento
Sai pelo mundo afora mendigando

Quantas pessoas vivem a liberdade
Nadando em ouro, só pensam em ambição
Uns apunhalam pelas costas, quanta crueldade!
É o desajuste total da nossa nação.

Sempre ouvi um ditado certo:
Matos tem olhos, paredes tem ouvidos.
Os crimes serão sempre descobertos
Por mais que sejam escondidos.

Portanto não existe mais segredos
Que "mestre povo" tenta descobrir
Em tudo existe quem viva do enredo
Um dia a bomba tem que explodir.

Nostalgia e Silêncio

No silêncio das horas, em que pensamos
A nostalgia envolve o coração
Cada segredo, cada mágoa meditamos
Uma voz que emudeceu de solidão 


Alta noite... o silêncio apavora
Nem a lua, nem as estrelas falam nada
O solitário em seu leito, triste chora
Ouvindo a voz surda, da fria madrugada 


E assim, ver passar cada minuto
Triste, pensativo, sem amor e sem carinho
Ás vezes sente medo de seu próprio vulto
E a noite passa, cada vez mais sozinho 


Começa o novo amanhecer
Chega ao fim, o clarão de um novo dia
Foram embora a lua, as estrelas... É o alvorecer
Que desfez o silêncio de sua nostalgia

O que vi ...

Vi a chuva cair forte
E fazer transbordar os rios
E a seca do meu Norte
Queimar ao sol dos estios

Vi o sol por trás das nuvens
Se esconde nos horizontes
E a lua prateada
Clarear a cima dos montes

Vi as estrelas cintilantes
Reluzindo na amplidão
E as águas da cachoeira
Murmurar em doce canção

Vi a criança abandonada
Sem lar, sem pão
Sem abrigo
Porque o rico orgulhoso
Não dá a mão ao mendigo

Vi enfim a juventude
Entregue a poluição
E o comunismo querendo
Tomar conta da nação

terça-feira, 10 de abril de 2012

Dias Vazios

Sentia firmeza em tua companhia
Tudo era amor
Prazer e Alegria
Minha vida hoje, é poema de dor
Pouco importa a crítica, ou os elogios
Meus dias vazios
Me faz sentir pavor
Por sentir a dor dessa nostalgia

Quisera voar para o infinito
Deixar o meu grito
Extravasar a alma
Ver se encontro a calma
Que não encontrei
Se o meu destino, é ingrato e malvado
Recordo o meu passado
Que foi tão bonito

Perdido na cidade montanhosa
Procuro a saída
Por caminho desconhecido
Numa estrada
Cada vez mais escalabrosa
Sinto em meu caminho
Cada vez mais perdido

Pois a distância
Entre relevos e paredes montanhosas
Desperta a sensação
De que não estou sozinho
Triste sentindo uma noite invernosa
Cada vez mais perdido em meu caminho.

Sentado á beira do caminho.

                                                                                                                       10/04/88

Havia uma pedra
Á beira do caminho
Havia uma pedra; Pra quê?
Para quem estava, chorando sozinho...
Havia uma pedra... Por quê?
Porque alguém estava
Sem amor, sem carinho...
Havia uma pedra...
A beira do caminho, havia uma pedra...
Para mim que estava
Sentado, chorando sozinho...
No meio do caminho, havia uma pedra...
Para mim que estava
Sem teto, sem ninho...
Havia ao longe, o fim do caminho...
A beira da estrada
Uma pedra no caminho
Na madrugada, eu sentado sozinho...
Naquela pedra, esperando alguém
Que me trouxesse amor e carinho
Havia uma pedra, ali eu chorava...
E na pedra que havia
Ninguém consolava
Na beira do caminho
Onde alguém passava
Fingindo ver
Que na pedra eu estava
A beira do caminho
Sozinho eu ficava, triste sozinho...
Na pedra que havia
No meio do caminho... 

Deserto solitário

Nesse deserto solitário a meditar
Sonhando sempre, no que foi outrora
Um pensamento : Onde estará?
Se perde na distância
Olhando a mocidade
Que ficou pra trás
Relembrando os dias
Rudes da infância
Que pela neve do tempo se desfaz

Quantas pessoas
Vivem as esperanças
Sobre o teto da ciência realizar
Um sonho que é um mar
Em ondas mansas
realidade que jamais existirá

Na lírica paisagem
Que se descortina
Admiramos tudo o que Deus fez
Por trás dessa tela
Cumpro minha sina
No frio cárcere de minha inviuvez.

A inviuvez é a negra escuridão
A sombra triste de um deserto!

Que fazer para conquistar a felicidade?

Para conquistar a felicidade
Eu te aponto aquele, ao meu ver
É o caminho mais difícil
Mas o mais certo e belo de todos:
Luta, com invencível serenidade
E persistência, para tudo o que te cerca
Os homens e as coisas sejam felizes

Aquela é uma vítima da injustiça?
Apressa-te em defender os seus direitos esquecidos
Aquele outro está com fome?
Divide o teu pão.
Há uma mulher chorando com sede?
Acompanha-a muito naturalmente
Ao rio de águas frescas.
Todos tem febre?
Agasalha nos teus braços,
Quantos couberem em teu coração
Recorda-te sempre, que o Senhor dá felicidade
É ao que deu aos outros,
Mais que recebeu
E quando tua alma,
Retratar apenas fisionomias serenas,
Frutos do teu amor
Trabalho, e compreensão
Nesse dia terás encontrado
Para todo o sempre
A tua felicidade.

Destino traçado



Saí pelo mundo
Tentando encontrar
Aonde ficar
Pra viver feliz
O destino não quis
Fiquei só vagando
Sempre me mudando
Sem poder parar

Cada um tem na vida
O destino traçado
Sempre preparado
Não adianta fugir
Da realidade
Porque na verdade
A felicidade
Não tem saída

Se alguém quer subir
Os degraus da fama
Não faça drama
Pode ser pior
Prevenir é melhor
Que se remediar
Não se pode ganhar
Sem saber pedir

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Minha Infância


1º poema - 1971


Na minha infância descuidada,
Quando eu parava, ás vezes,
Adiante de quem eu lia,
Em cada sílaba, em cada frase, observando...
Ah! Que inveja cruel que eu sentia!

E pensava comigo:
Eu hei de ver um dia a luz da
Ciência brilhar em meu redor.

Comecei a tentar com vigor, com ironia,
Formando as sílabas sozinha,
Como achei melhor.

De pouco a pouco, fui realizando
O mais lindo sonho que imaginava
Ao fazer meu nome sozinha
Parecia estar sonhando
E nem todos que viam, acreditavam.

Com tristeza, não pude estudar
Pois o trabalho, cobrou um alto preço
E pobre, como eu era,
Obedecer foi a solução.
Hoje o pouco que sei, agradeço
A um Deus, que foi bom mestre
E me deu a inspiração.

Minha infância, que ficou tão triste
Não me ensinou conhecer belezas mil
Mas por mim mesma sei,
Quanta grandeza existe
Nas letras do nome
Desse meu Brasil.

Minha História

Nasci numa velha tapera
O rancho onde me criei
Junto aos meus 10 irmãos
A juventude passei
Sem orgulho e sem vaidade
Dos dias da mocidade
A lembrança guardarei

Da infância a juventude
Só guardei humilhações
Vivi mas não vi a vida
Só tristes recordações
Para alguém que acredita
A minha história é bonita
Mas cheia de provações

Trabalhei desde criança
Para ajudar aos meus pais
Sem enfado, sem preguiça
Trabalhei até demais
Embora não ganhei fama
Mas quem conhece meu drama
Hoje levava aos jornais

Não gozei a mocidade
Pois meu destino assim quis
Até meus 17 anos
Não consegui ser feliz
Aí mudou minha vida
Ingênua e despercebida
Valeu o esforço que fiz

Embora na minha infância
Nada consegui aprender
Era humilde e trabalhava
E sonhava saber ler
Pelo desejo que tinha
Consegui quase sozinha
 O pouco que sei escrever

Graças aos meus esforços
Que ajudou com o destino
Também a fé que guardava
No nosso mestre divino
Pois é bem certo o ditado:
O espinho vem preparado
Pra furar, desde pequenino

Passava os dias lutando
E as noites sem contentamento
Sem festas, sem diversão
Não esqueço um só momento
Quando aos 17 anos surgiu
O homem que conseguiu
Mudar o meu pensamento

Desse dia por diante
Tudo era diferente
Não conseguia apagar
Seu nome da minha mente
A amizade crescendo
Já parecia o estar vendo
Por mais que estivesse ausente

Assim passaram 2 anos
De uma esperança tão pura
Pois nem o fogo destrói
Uma afeição tão segura
Coisa que não desfalece
Quando o amor acontece
Na vida da criatura

Eu que guardava comigo
O olhar de quem não sofreu
Tive que sofrer bastante
Por tudo o que aconteceu
Pois não tinha experiência
Mas Deus me deu paciência
E o sacrifício valeu

Começamos nossa vida
Sem luxo, sem condição
Pra enfrentar o futuro
Mas Deus nos deu proteção
Pra começar nosso jogo
A maior prova de fogo
Cheia de mil provações

Depois de muito lutar
Sempre tentando vencer
Os dias foram passando
Cumprindo o nosso dever
Os filhos foram chegando
As preocupações aumentando
Alegrando o nosso viver.

A essa altura tínhamos feito
Um rancho pra nosso abrigo
Tudo era maravilhoso
Deixamos de ser mendigo
Quando tudo tinha começado
  Veio alguém tirou um “bocado”
Parecendo até castigo

Mas, sem baixar a cabeça
Continuava lutando
Sempre com fé em um Deus
Que vinha nos ajudando
Trabalhando com economia
Quando alguém nos perseguia
O pouco ia aumentando

Com a ajuda de Deus
Os filhos foram crescendo
Cada um ajudava um pouco
E assim ia-mos vivendo
Com um trabalho vantajoso
Mas, a ajuda do invejoso
Sempre sempre aparecendo

Por incrível que pareça
Não é fácil acreditar
Sem ter casa, sem dinheiro
Pra uma vida enfrentar
Uma situação singela
E o capítulo da novela
Todo ano a reprisar


Pra vencer com economia
Precisa ter “matemática”
Uma família numerosa
Traz situação dramática
Tem que enfrentar sem medo
Dormir tarde, acordar cedo
Que é a ciência mais prática

O Zé começou a vida
Trabalhando de vaqueiro
Dois anos sem recompensa
Foi trabalhar de sapateiro
O sitio que estamos no momento
Começou o desmatamento
Debaixo de um umbuzeiro

Pra se encarar a vida
Não vá de cabeça baixa
Tem que fazer bons amigos
Pra não ser bandeira sem faixa
Foi quem nos salvou no deserto
Pois mais vale amigo certo
De que dinheiro na caixa

Quem quer acertar na vida
Pra conseguir ser feliz
Tem que sofrer confiante
Fazendo como eu já fiz
Suportar, como eu suportei
Chorar, como eu chorei
Querer como eu já fiz

Graças aos bons amigos
Que jamais vamos esquecer
Junto ao crédito bancário
Nos ajudaram a vencer
Aumentando as plantações
Com boas orientações
O que temos que agradecer

Hoje a família cresceu
Parece até que vencemos
O que passou, já passou
Um drama terrível vivemos
Para qualquer criatura
Foi uma tarefa dura
Onde a vitória alcançamos

Mas, o tempo está passando
A mocidade fugindo
Por aí vem a velhice
Que anda nos perseguindo
Sempre contando a vitória
Quem conheceu minha história
Não diz que estou mentindo

Para encerrar a história
Parece até brincadeira
Fizemos a casa e um poço
Preparamos os campos e o “cilo trincheira”
E para viver em paz
Construiu um biogás
Com ferro, luz, fogão e geladeira.
                     
                                                    Maria da Purificação B. Ramos