quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Orgulhosa

Orgulhosa, rica e feliz
Ela teve tudo o que quiz
Beijo, carinho e esplendor
Hoje, arrazada e perdida
Pelos banquetes da vida
Busca migalhas de amor

Não dorme mais e nem come
É pobre, não tem valor
A sua casa é o relento
A lua seu cobertor

Rolando pelas calçadas
Batendo pelas madrugadas
Seu coração sofredor
A sua vida é ingrata
Motivo de serenata
Daquelas festas de amor

Mas longe de gente nobre
Coitada, humilhada e pobre
Tem hoje, o tesouro seu
O espaço triste da rua
A claridade da lua
E a sina que Deus lhe deu

Jovens de agora, cuidado!
Esse mundo é poema errado
Que o desespero compôs
Nessa vida quem critica
É muita orgulhosa rica
Que fica pobre depois

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

112º Aniversário de Soledade

(Em especial hoje, que é o aniversário de 127 anos)

Aqui estamos reunidos
Em um pleito de lealdade
Para render homenagem
Por mais uma passagem comemorativa
Essa data festiva
Do nosso centenário
Mais um aniversário da nossa cidade

Vamos juntos entoar
Hinos de louvor
Aos nossos governantes
Homens de valor
Que engrandeceram a nossa cidade
Lutando com bravura e lealdade
Vamos festejar mais um aniversário
No centenário de Soledade

Soledade vai crescendo velozmente
A cada dia, vê-se o desenvolvimento
Pois teu povo bravo inteligente
Faz o progresso crescer cada momento

Soledade teu povo tem bravura
Nos orgulha cada palmo desse chão
Todos tentam elevar tua cultura
Com trabalho, lazer e educação

Parabéns a você Soledade
Por mais um aniversário
Uma data inesquecida
Está em nosso calendário
Em cada ano que passa
Em cada rua, cada praça
Relembra o teu centenário.

Deus:

Passei tanto tempo te procurando
E não sabia onde estavas;
Olhava no infinito e não te via
E pensava comigo: Será que Deus existe?
Não me contentava, e prosseguia.
Tentava te encontrar na religião e nos templos,
Também não estavas.
Te busquei através dos sacerdotes
E pastores, também não te encontrei
Senti um vazio desesperado
E não estava mais, crendo em você.
E ao descrer, te ofendi.
E na ofensa tropecei
E no tropeço cai
Na queda senti-me fraca
E ao ficar fraca, procurei socorro
No socorro, encontrei amigos
Nos amigos encontrei carinhos
Nos carinhos, eu vi o amor
Com amor eu vi um mundo novo
No mundo novo resolvi viver
O que doei recebi em troca
Ao receber senti-me feliz
Ao ser feliz encontrei a paz
E tendo a paz foi que encherguei
Que tú viverás eternamente
Dentro de mim.

                            Deus é o caminho
                              A verdade
                                 E a vida.
                                                              Maria da Purificação Borges Ramos.

sábado, 22 de setembro de 2012

Coisas do Destino

Andei pelo mundo
Sem nada encontrar
Só encontrei alguém
Pra me humilhar

Quem me pediu ajuda
Sempre recebeu
Embora depois
Não me agradeceu

Hoje onde eu passo
Sou uma estranha
por falta de Dez
O Nove não ganha

Se alguém me encontra
Faz que não conhece
Coisas do destino
Ninguem me agradece

Outrora, muita gente
De mim, precisava
Depois de servida
De mim se afastava

E assim é a vida
Parece jogada
Por falta de um ponto
Não se ganha nada

Quem não vive para servir
Não serve para viver.

Partícula de Mim

De repente, chegou você
Sem perguntar se podia parar, parou
Nem se preocupou, se podia entrar, entrou.
Não me perguntou
Se podia ficar, ficou.
Ficando entrelaçou-se
Na profundidade do meu ser.
Viajastes até o âmago de minha alma,
E lá se aninhou.
Entrou, porque és partícula de mim.
Deixei, porque te amo.
Agasalho-te no inverno
Protejo-te na tempestade
A minha mão serve: de ancora
Nos vendavais, Para mim serves:
De razão para minha vida
Facho para iluminar a negra
Escuridão de minhas noites
E de cortinas para mostrar
Todos os dias no seu amanhecer

A distância apavora e entristece
Um coração que sente grande dor
Pois quem está distante, não esquece
A alma chora quando padece
A ausência cruel de um grande amor.

Minha Caminhada

Não sei se estou certa ou errada
Deixando nesses versos
Um pouco de mim
Sigo solitária, a minha caminhada
Sem saber se estou longe
Ou perto do fim

Nessa vida cheia de embaraços
O caminho certo eu não encontrei
Em cada verso meu
Um mundo de fracasso
E o que sonhei um dia
Não realizei

Cada pessoa, cumpre sua sina
Travessando o mundo de dificuldade
Nossos castelos, vemos em ruina
Enfrentando a violência, ódio e maldade

Precisamos ser mais realistas
Encarar a vida, com mais otimismo
Para o nosso nome, não ficar nas listas
Dos que se destruíram pelo egoísmo

A medida que o tempo vai passando
Aumenta os desempregos eos marginais
Enquanto alguns, estão realizando
Melhores sonhos, novos ideais

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Minha Ruína

Quem olha de perto, como estou agora
Fica a perguntar se é destino ou sina
A mulher guerreira que fui outrora
De tanto lutar fiquei em ruína

Enquanto pude, trabalhei sem parar
Tentando ajudar, sem escolher a quem
Tudo o que ganhei, foi só me cansar
Só resta a certeza
Que não sou ninguém

Escuto o ditado que é sempre certo
Que a própria vida é quem me ensina
Hoje quem passa e olha de perto
Aposto que sai rindo de minha ruína

Eu hoje não sou ninguém
Porque nada estudei
Quem me viu desde criança
Sabe o quanto trabalhei
O trabalho me ajudou
E hoje tudo o que sou
É que em Deus acreditei

Evite o primeiro gole

A situação dos jovens
É dificil concertar
Tem que evitar o primeiro gole
Para não se viciar
Bebendo de pouco a pouco
Termina ficando louco
Não pode se dominar

Mas é preciso ser forte
Evitar a tentação
Que só traz destruição
A cachaça tira a saúde
Depois deixa a juventude
Sem moral, sem formação
Entregue a um inimigo
Que o resultado é a morte

Pra evitar o primeiro gole
É fácil evitar na hora
Vamos agir com coragem
Precisamos sem demora
Nossa meta principal
É combater esse mal
Que a juventude devora

Conheci o pai de família
Que continuou bebendo
Mostrava a ele o exemplo
Mas, fingiu não estar vendo
Com a cachaça malvada
A família ficou "sem nada"
E ele terminou morrendo

Imensidão dos Mares

Em cada volta da vida
Há uma imensa esfera
Ao redor se espera
Alcançar melhores dias
Sem horas tristes sombrias
Que faz morrer a esperança
A aurora da primavera

No mar onde navegamos
Tememos a tempestade
Onde há força de vontade
Tudo se vence ao final
Se esse mundo é desigual
Não está ai o defeito
Porque só Deus é perfeito
O caminho, a vida, a verdade

Na imensidão dos mares
Os valentes tripulantes
São destemidos navegantes
Que em suas embarcações
Entoam belas canções
Ao rugir da tempestade
Para matar a saudade
Dos meus amores distantes

domingo, 16 de setembro de 2012

O começo e o Fim

Muita gente não acredita
Que o mundo vai acabar
Mas se tudo foi Deus quem fez
Ele pode terminar
Quem quer ser dono de tudo
Fala porque não é mudo
Só não quer acreditar

Tudo o que Deus criou
Teve começo e tem fim
Mas ele não deu o direito
De praticar o que é ruim
Com egoísmo profundo
É por isso que o mundo
Está tão poluído assim

É por isso que lhe digo
Devemos nos preparar
Pois o filho do homem vem
Quando menos se esperar
Cada um vai ser julgado
Deus vem remir o pecado
Não diz quando vai chegar

Ontem e Hoje

Analizando os fatos
Temos que fazer um estudo sério
Hoje em dia, ninguém é de ninguém
Os jovens vivem em função do luxo e levianidade
Vaidosamente, só pensam em viver o "hoje"
Ninguém se preocupa com o "amanhã"

Antigamente não havia escolha de partido
Por isso dificilmente se ouvia falar
Em desarmonia conjulgal
Isso porque existia o
"Casamento por amor"
Onde, no meu caso,
Ele atuou-me ao caso decrépito
De sua formatura, dando-me
O pão amargo de todos os dias
Mesmo assim, a vida ainda era boa!
Reclamar? Pra que?

Onde não existe maldade:
Quanto mais falta dinheiro
Mais sobra felicidade.
Por que vives a rir de mim
Se por ti já chorei tanto?
De que me vale chorar
Se não vens enxugar meu pranto..

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Que Fazer Para Conquistar a Felicidade


    Para conquistar a felicidade
Eu te aponto aquele,que a meu ver
    É o caminho mais difícil
Mas o mais certo e belo de todos:
Luta,com invencível serenidade
E persistência,para tudo o que te cerca
   Os homens e as coisas sejam felizes


       Aquela é uma vítima
   Da injustiça.? Apressa-te em
Defender os seus direitos esquecidos
  Aquele outro está com fome?
Divide o teu pão.Há uma mulher
   Chorando com sede?
Acompanha-a muito naturalmente
Ao rio de águas frescas.Todos tem febre ?
Agasalham nos teus braços,quantos
   Couberem em seu coração
Recorda-te sempre,que o Senhor da felicidade
É o que deu aos outros mais do que recebeu
 E quando tua alma,retratar apenas
Fisionomias serenas,frutos do teu amor
Trabalho ,e compreensão
Nesse dia terás encontrado
Para todo o sempre
A tua Felicidade !

Jogo da Vida

Ninguém precisa
Se dar por vencido
Pois enquanto há vida, em tudo há esperança
Se para alguém, o tempo, passou despercebido
Lutando se vence, quem espera alcança

Se alguém na vida
Lutou e não venceu
A nenhum, será a exceção
Se alguém no jogo, ganhou ou perdeu
Fica sempre a vitória
Para o campeão

E assim é o lema
No jogo da vida
Não se sabe antes, qual o vencedor
Para um, a batalha, há de ser perdida
Quando o campeão mostra o seu valor

Pra vencer na vida
Tem que enfrentar sem medo
Precisa ser forte, pra vida encarar
Tem que dormir tarde e acordar cedo
Se quizer vitória, no jogo alcançar

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Doce Castigo


A vida é um livro aberto
Todos nós podemos ler.
Enquanto há vida,há esperança,
Agora eu já posso crer
Ás veses a dor,e o perigo,
É como um doce castigo
Que amarga mais dá prazer.


Enquanto a gente caminha
No mundo da ilusão
De orgulho e vaidade
Injustiça e perdição
Leviandade e egóismo
São coisas do comunismo
Que invadiu nossa nação .


Agora já não se sabe
Quem está certo ou errado
Ninguém é mais de ninguém
O ''erro'' foi liberado
Não existe mais censura
Os jovens vivem á aventura
Do comunismo malvado .


Postado por : Rafaela Borges


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ilusão de um grande amor

Pensei um dia, em plena mocidade
Que a vida seria um jardim em flor
Sem preconceito, sem egoísmo
Vivendo assim sem maldade

Porém tudo foi sonho
Foi engano
Não encontrei a paz que eu sonhava
Não acredito, que a outro ser humano
A vida engane, como me enganava

Enquanto vivemos lado a lado
Não senti que a vida era cruel
Depois que vi meu lar desmoronando
Tive que aceitar o cálice de fel

Espero em Deus ser atendida
Que ao sair dessa vida de ilusão
Hei de alcançar a terra prometida
Viver feliz na eterna mansão

Amor e renúncia

Eu desprezei na vida
Os prazeres mais raros
Juventude em festa, liberdade, tudo.
Pelo teu riso em flor, pelos teus olhos claros
Não tive direito aos lazeres e ao estudo

Eu que julguei a vida
Um mar de rosa
A sinfonia alegre da canção
Encontrei apenas, a estrada espinhosa
Um sonho de mera ilusão

Tudo sepultei, no meu róseo passado
Para viver só por teu amor
Nosso castelo foi desmoronado
Hoje só resta da vida o amargar

Estou certa, esposo amigo
Que ao deixares esse mundo
De tantas mágoas fecundo
A tua pesada cruz
Deixaste aqui na terra
Os espinhos que nela encerra
E só levaste contigo
O claro da eterna luz

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Desenganos da vida

Cheguei ao ponto pior
Que alguém passa na vida
Com sessenta e nove anos
De uma existência sofrida
Se alguem zombar não escuto
Me considero um produto
Com validade vencida

Eu só sei de onde vim
Mas não sei pra onde vou
Estou aqui passando uma chuva
Que o destino me obrigou
Se eu continuar vivendo
Sei que termino comendo
O pão que o diabo amassou

Sei que a vida tem dois lados
Um bom e o outro ruim
Só que por onde eu andei
O pior sobrou pra mim
Nunca possui riqueza
Hoje só resta a certeza
Que estou perto do fim

Não quero falar do mundo
Que pra muitos é legal
Mas pra mim faltou a paz
Que era em tudo o principal
Pra o resto estou preparada
Pra encontrar a paz sonhada
E ser feliz no final.
As saudades de seu esposo.



  Á pedidos, coloquei o papel original, com a letra da Poetisa.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O lado bom da vida

Esse mundo de contradições e fantasias
Em que vulgarmente chamamos modernismo
Todos ambicionam encontrar melhores dias
Mas se entregam de vez ao pessimismo

Se cada um conhecesse que errou
Concertando o erro cometido
No caminho incerto aonde já andou
Conhecia o quanto andou perdido

Cada pessoa
Vê o lado com da vida
Não imaginam
Que existe o lado ruim
Temos que enfrentar
De cabeça erguida
De um lado e outro
Seguir até o fim

Seria bom
Se só houvesse dia
Mas sem a noite
Não podia ser
Sem o sol e a chuva, nada existiria,
Não se vive alegre, sem entristecer.

domingo, 9 de setembro de 2012

Meu túmulo

Quando em breve,
Na terra úmida e fria
Repousar o meu corpo em pleno chão
Deixando tristeza e alegria
Esperando a gloria do perdão

Chegando ao fim de minha caminhada
Espero ter cumprido minha pena
Como um lago, em plena madrugada
Com a consciencia calma e serena

Na negra sombra de minha solidão
Olhando os caminhos por onde passei
No berço triste da desilusão
A longa estrada onde caminhei

Espero em Deus, que é verdade e vida
E que de nós está sempre perto
Vem nos ensinar a melhor saída
Guiando assim, pelo caminho certo.

                                                            02/09/91

Chegando ao fim

Pra mim, não foi fácil a vida
Também não vou me queixar
Tive 17 filhos, Deus me ajudou a criar
São para mim, um troféu
Agora agradeço ao Céu
As bênçãos do nosso lar

Pra criar essa família
Sofri muita provação
Não adianta negar
Pois não tinha condição
Mas, aceitei conformada
Não vou me queixar de nada
É tarde pra dizer não!

Estou chegando ao fim
Dessa minha caminhada
Mesmo cansada e sofrida
Pra tudo estou preparada
Deixo rastro em meu caminho
Pisei em pedra e espinho
Pegando o pó da estrada

Só não quero ter saudade
De tudo que aqui deixei
As amizades que fiz
Nos lugares que passei
Não levo amarguras da vida
Sigo de cabeça erguida
Porque em nada eu errei

27/08/2004
Caros Leitores, informo com muita tristeza a vocês, que minha avó Maria da Purificação Borges Ramos, faleceu ontem. Mas, vou continuar publicando a arte dela para vocês. Agradeço a Atenção.

                                                            Dona do blog: Martha Borges.