Eu desprezei na vida
Os prazeres mais raros
Juventude em festa, liberdade, tudo.
Pelo teu riso em flor, pelos teus olhos claros
Não tive direito aos lazeres e ao estudo
Eu que julguei a vida
Um mar de rosa
A sinfonia alegre da canção
Encontrei apenas, a estrada espinhosa
Um sonho de mera ilusão
Tudo sepultei, no meu róseo passado
Para viver só por teu amor
Nosso castelo foi desmoronado
Hoje só resta da vida o amargar
Estou certa, esposo amigo
Que ao deixares esse mundo
De tantas mágoas fecundo
A tua pesada cruz
Deixaste aqui na terra
Os espinhos que nela encerra
E só levaste contigo
O claro da eterna luz
Nenhum comentário:
Postar um comentário