sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O que vi...



Eu vi lojas e fábricas fechadas, e multidões de pais desempregados, legiões de mulheres desesperadas. Eu vi jovens sem destino, crianças sem escola;
Meninos de rua buscando teto e moleques abandonados dormindo pelas calçadas.
Eu vi um velhinho atropelado pelo tempo morrer sem assistência médica, na porta do hospital, virar notícia e depois ser esquecido.
Eu vi jovens deputados na flor da idade desfrutando de gorda aposentadoria
Somando-a aos vultosos salários saídos dos cofres públicos.
Eu vi meu filho conversando com um amigo e dizer que queria ser presidente da republica pra fazer coisas boas para o povo.
Tomara que sonho de criança seja realidade. Se é que a inocência possa viver até que a esperança sobreviva, e a vergonha tome conta da cara do país; e o cidadão com o título eleitoral na mão, dispare a arma da democracia e no voto cacem os que fazem da mentira programa de campanha; da hipocrisia instrumento de trabalho; da corrupção um poço de privilégios.
Que não façam do voto a gaiola pra trancar os pobres à passar fome, ao som das gargalhadas ridículas dos traidores sem caráter. 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Nordestino aflito

Tenho medo de acordar
E ver o céu tão vazio
Tão feio, tão carrancudo
Que dá medo, que dá frio

Quando a noite clara e seca
Cobre a terra amargurada
Vou à porta do meu rancho
Ponho o ouvido pra amplidão
Quem me dera, ouvir de longe
O rebumbar do trovão

Mas o que escuto é somente
O vento triste miando
Pelas serras do sertão

Sou explorado, senhor
Trabalho na meiação
Um ano a seca me furta
Outro me furta o patrão

Desde o nascer ao morrer
Da manhãzinha ao sol posto
Só dois direitos me dão:

Primeiro pagar imposto
Depois dá tudo ao patrão
Mas, mesmo assim, meu senhor
Mandai chuva pra o sertão

Tempo de criança

No meu tempo de criança
Não era fácil estudar
Todo mundo era obrigado
A viver de trabalhar

Eu não frequentei escolas
Não aprendi português
Não estudei matemática
Não entendo nada de inglês

Lá não havia professores
Se alguém quisesse aprender
Tinha que pagar alguém
Que ensinasse a ler e escrever

No meu caso, foi difícil
Pois meu pai não possuía
Dinheiro suficiente
Pra ver se a gente aprendia

Mesmo assim ele tentou
Os filhos alfabetizar
Graças a Deus conseguiu
Seu sonho realizar

Embora não tenha estudado
Com isso me sinto feliz
O pouco que aprendi
Valeu pelo esforço que fiz

O Brasil e sua riqueza

A educação é um tijolo a mais
Na reconstrução do Brasil
Cantamos louvores mil
Homenagem á nossa gente
Bravo povo inteligente
Que tenta fazer sucesso
Sobe a escada do progresso
Vencendo qualquer ardil

A cada dia que passa
Cresce o desenvolvimento
Vemos a cada momento
Um Brasil evoluído
Tem riqueza, tem valor
O seu povo, lutador
Com seu braço sempre erguido
Luta, vence, não fracassa

Nas terras do meu Brasil
Por serras, morros e rios
Bem longe os mares bravios
Cheios de imensas riquezas
As praias, suas belezas
Com areias prateadas
Nas noites enluaradas
Resplandece encantos mil.

Procurando um cantinho

Andei pela vida
Procurando um cantinho
Tropeçando sempre
Em pedras e espinhos
Tudo foi difícil
Em minha caminhada
Uma longa estrada
Procurando um ninho

Lutei noite e dia
Sem nada a temer
Tentando vencer
Nas lutas da vida
De cabeça erguida
Sem me cansar
Querendo encontrar
A paz que eu queria

Graças ao bom Deus
Não sou infeliz
O destino quis
Me deixar sozinha
Se foi sorte minha
Não vou reclamar
Pra me acompanhar
É Deus que a tudo bendiz