segunda-feira, 9 de abril de 2012

Minha Infância


1º poema - 1971


Na minha infância descuidada,
Quando eu parava, ás vezes,
Adiante de quem eu lia,
Em cada sílaba, em cada frase, observando...
Ah! Que inveja cruel que eu sentia!

E pensava comigo:
Eu hei de ver um dia a luz da
Ciência brilhar em meu redor.

Comecei a tentar com vigor, com ironia,
Formando as sílabas sozinha,
Como achei melhor.

De pouco a pouco, fui realizando
O mais lindo sonho que imaginava
Ao fazer meu nome sozinha
Parecia estar sonhando
E nem todos que viam, acreditavam.

Com tristeza, não pude estudar
Pois o trabalho, cobrou um alto preço
E pobre, como eu era,
Obedecer foi a solução.
Hoje o pouco que sei, agradeço
A um Deus, que foi bom mestre
E me deu a inspiração.

Minha infância, que ficou tão triste
Não me ensinou conhecer belezas mil
Mas por mim mesma sei,
Quanta grandeza existe
Nas letras do nome
Desse meu Brasil.

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