sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O que vi...



Eu vi lojas e fábricas fechadas, e multidões de pais desempregados, legiões de mulheres desesperadas. Eu vi jovens sem destino, crianças sem escola;
Meninos de rua buscando teto e moleques abandonados dormindo pelas calçadas.
Eu vi um velhinho atropelado pelo tempo morrer sem assistência médica, na porta do hospital, virar notícia e depois ser esquecido.
Eu vi jovens deputados na flor da idade desfrutando de gorda aposentadoria
Somando-a aos vultosos salários saídos dos cofres públicos.
Eu vi meu filho conversando com um amigo e dizer que queria ser presidente da republica pra fazer coisas boas para o povo.
Tomara que sonho de criança seja realidade. Se é que a inocência possa viver até que a esperança sobreviva, e a vergonha tome conta da cara do país; e o cidadão com o título eleitoral na mão, dispare a arma da democracia e no voto cacem os que fazem da mentira programa de campanha; da hipocrisia instrumento de trabalho; da corrupção um poço de privilégios.
Que não façam do voto a gaiola pra trancar os pobres à passar fome, ao som das gargalhadas ridículas dos traidores sem caráter. 

2 comentários:

  1. A óptica de dona Maria foi tão acertiva , tão atemporal tão real.Ler esse texto em meados de 2020 no pico de uma pandemia me fez refletir se de veras estamos usando a democracia e o poder do voto a nosso favor .Obrigada ,a quem transcreveu esse texto e me possibilitou a reflexão.Melhor texto que li durante toda a quarentena,
    M P B R vive .

    ResponderExcluir